sábado, 29 de dezembro de 2007

Lixeiro à baixo

Quando eu cheguei em casa, encontrei tuuudo fora do lugar. Não, não parecia que tinham assaltado meu apê, parecia que a Mamãe tinha passado por lá e colocado as coisas no lugar.
As almofadas estavam do lado esquerdo da sala, a TV do lado direito, a mesa estava super centralizada, meu quadros...Bem, eles não estavam mais nas paredes.
A minha cozinha... A minha cozinha brilhava! Mas o que era aquilo, cara? Surpresa do Gugu? Tudo limpo e arrumado. A parte mais assustadora estava por vir: meu quarto.
Banheiro, mudaram algumas coisas.
Corredor, liiiimpo sem nenhum quadro (isso me desesperava meeesmo!)

O meu quarto estava um desastre! Catástrofe mesmo.
Me responda, mas responda rápido: como uma jornalista se sentiria com o seu birô arrumado e sem papéis?
EXATAMENTE!
Fiquei arrasada, estava escrevendo uma matéria, cara, eu passei meses pesquisando e tudo foi pro lixo. Como sei que foi pro lixo? A lixeira estava abarrotada de papéis. "Quem foi a feladaputa que fez isso? Eu vou...ARRRRR"

*choro, muito choro*



Eu tinha posto um namorado pra fora da minha vida há pouco tempo, mas aquele feladaputa não teria coragem de fazer isso.
Nós tivemos algo muito interessante, ele sonhava em casar e ter alguns milhões de filhos de comigo (e pra mim eu tenho cara de coelha). Assumo, ele era um tanto brega e eu ainda não sei como consegui um relacionamento de quase um ano com ele. É um caso a se estudar, porque francamente, mulher nenhuma em perfeito estado namoraria com aquele ser monstruoso, ele não é humano, não pode ser!
Ok, acabei de me notar que eu não estava em perfeito estado.

Mas o que importa é que ele está longe de mim e da minha vida, pelo menos estava até...



...Eu lembrar que eu esqueci as chaves do meu apê no apê dele quando a gente ainda namorava e tenho uma leve sensação que ele copiou as chaves.
Em quase um ano só ele visitou meu apê, só ele sabia como eu gostava das coisas, só ele sabia como me irritar quando entrava no meu quarto: mexendo nos meus papéis!



Liguei pra polícia.
Liguei pra minha mãe e ela me confortou contando algumas piadas que ela havia aprendido com meus tios.
Horas depois chega a polícia e a simpática policial me perguntou:

- O que houve, jovem? (imaginem a voz de uma velha chata)
- Quando eu cheguei meu apê... - E contei toda a história. Sabe o que ela fez? Ela riu de mim e ela reparou algo que eu não havia reparado de jeito nenhum.
- Um bilhete.

Palhaçada, não sei como passei duzentas vezes por ele e não vi.

"Querida Kil, acabei de arruinar sua vida. E isso não é brincadeira! Com amor, Roberto."

Palhaçada²


É, ele conseguiu!

2 comentários:

Maria Helena Sobral disse...

FELADAPUTA!

AAhhff, como eu odeio homem imaturo!
Me dão repugnância!
Obrigada por sua presença em meu blog nos últimos posts...não sabes o quanto tenho precisado escrever.

Beijos, Sophie!

Anônimo disse...

Muito bom,mesmo!
Um homem dessa espécie merece as jaulas do zoológico em um dia de domingo!

P.S.:Sou velho amigo de Maria Helena,não te assustes.